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A Biblioteca foi criada na Academia Imperial de Belas Artes, entre os anos de 1833 e 1834, e constituída para servir de apoio didático ao ensino das artes. (GALVÃO, 1954). Teve como seu grande entusiasta Félix Emílio Taunay. No período em que foi diretor da Escola (1834-1851), organizou e promoveu o desenvolvimento do acervo, traduziu obras didáticas, criou um catálogo e manuais de estudos. Solicitou a doação de duplicatas à Biblioteca Nacional e a aquisição de livros para compor o acervo. (FERNANDES, 2006).

A partir de 1854, Manoel de Araújo Porto-Alegre promoveu diversas mudanças na Instituição através da denominada Reforma Pedreira. Com isso, o edifício da Academia foi ampliado e um novo recinto foi constituído para a Biblioteca. O ex-diretor adquiriu livros especializados, estampas, armários e estantes para torná-la, segundo suas palavras: "digna do pensamento” do Ministro do Império quando criou a Biblioteca artística. (ARQUIVOS, 1956, p.10). Construiu a figura do Restaurador de Quadros e Conservador da Pinacoteca, o que facilitou o acesso aos livros e aos quadros, reunidos no mesmo espaço. (FERNANDES, 2006).

Durante a administração de Alfredo Galvão, iniciada em 1955, a Biblioteca foi fundamentalmente reorganizada e catalogada. (TERRA, 1999). Ele foi o criador da “publicação mais significativa – os Arquivos – que nos permitem hoje resgatar um pouco da história da Instituição”. (TERRA, 2016, p. 188).

Em 1959, na gestão de Gerson Pompeu Pinheiro, a Biblioteca recebeu novas instalações, ocupando a antiga sala 11 do prédio no Centro do Rio de Janeiro, com local próprio para salão de leitura, mobiliário e espaço adequados para funcionários e usuários. No mesmo ano ganhou uma sessão no "Boletim mensal". (ARQUIVOS 1960, n. 6, p. [267]).

Transferida para a Ilha do Fundão, em 1975, a Escola de Belas Artes (1966) passou a ocupar alguns andares da Faculdade de Arquitetura. Nas novas instalações, sob a direção de Almir Paredes Cunha, iniciada em 1976, os cursos foram remodelados para se submeterem ao processo de avaliação do Conselho Federal de Educação e mais uma vez a Biblioteca foi ampliada. (CUNHA, 2015).

Sendo "uma das mais antigas bibliotecas da Universidade", sua história veio se desenvolvendo através dos tempos atrelada às mudanças de nomes da Instituição (GODOY; SODRÉ; OLIVEIRA, 2013, p. 246). No ano de 1981, o então diretor Paulo Alves ampliou novamente a Biblioteca e a nomeou de Alfredo Galvão (1900-1987), em homenagem ao ex-diretor que também promoveu mudanças significativas neste Setor. (LUZ, 1999).

Em 2006, na gestão de Ângela Ancora da Luz, foi aprovada em congregação a transferência da Biblioteca Alfredo Galvão do sétimo para o segundo andar do prédio da Reitoria, onde passaria a dividir o mesmo espaço com a Biblioteca Lúcio Costa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. (TERRA, 2014).

Assim, no início de 2007, todo o acervo que antes ficava no sétimo andar, foi transferido e passou a fazer parte do Espaço Integrado (FAU/EBA). Já a coleção de livros raros e especiais permaneceu no sétimo andar, local a ser instalado o Museu D. João VI. (PEREIRA, 2008). Mais tarde, a coleção de livros raros e especiais foi desmembrada dando origem ao acervo da Biblioteca de Obras Raras (EBAOR), criada por determinação da Congregação realizada no dia 14/08/2012, na gestão de Carlos Gonçalves Terra.

Após a inundação do Espaço Integrado (FAU/EBA), provocada por infiltrações no telhado e devido ao incêndio do 8º Andar, eventos ocorridos em 2016, no prédio da Reitoria, a Biblioteca passou a funcionar, provisoriamente, no Prédio da Faculdade de Letras.

 

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